Intervenção cirúrgica pode ser a solução para inflamação da adenoide


hospitalipo - 2 de maio de 2019

Entre os 2 e 12 anos de idade, a criança começa a desenvolver o seu sistema imunológico e, assim como as amígdalas, a adenoide – conhecida como carne esponjosa – faz parte das defesas do corpo: é um tecido linfoide que fica na parte de trás do nariz, na rinofaringe. Por isso, é comum que durante a infância ela inflame com frequência, ao que se dá o nome de adenoidite.

Muito comum em crianças, a inflamação diminui conforme a idade, pois outras estruturas que protegem o organismo são desenvolvidas. “Entre os dois e quatro anos de idade, a adenoide aumenta de tamanho para alertar o sistema imunológico, que produz anticorpos. Normalmente, por volta dos seis anos, o tecido linfoide pode diminuir e, consequentemente, os episódios a adenoidite podem cessar”, explica o doutor Paulo Mendes Junior, otorrinolaringologista do Hospital IPO.

Quando a adenoide é aumentada mais que o normal, em que ela ocupa mais que 60% do espaço entre a base do crânio até o palato duro (parte óssea do céu da boca), surgem problemas respiratórios ou até mesmo auditivos. “Os sintomas são muito parecidos com o da sinusite: obstrução nasal, ronco, apneia do sono, secreção acumulada”, afirma o especialista.

Porém, as adenoidites muito frequentes, podem ter consequências mais graves. A criança pode passar a respirar pela boca, podendo causar problemas na arcada dentária, ter mau hálito ao longo do dia, dificuldades para dormir, otite ou até mesmo perda auditiva.

“Outro fator que prejudica a qualidade de vida da criança é a alimentação ruim, pois, com a obstrução nasal, a capacidade de sentir cheiros e sabores dos alimentos também é afetada. Em decorrência disso, interfere no crescimento da criança”, ressalta Mendes Junior.

A observação dos sintomas mais comuns é o primeiro passo para o diagnóstico da inflamação. Também existem exames como endoscopia nasal e raios-x que ajudam a identificar a adenoidite com mais precisão. “Geralmente, a inflamação da adenoide pode ser tratada com lavagem nasal, sprays nasais, antialérgicos ou antibióticos. Porém, em casos que o tecido não diminui com o crescimento e que nem mesmo os medicamentos funcionam, é indicado o procedimento cirúrgico”, explica o doutor Paulo Mendes sobre o tratamento.

A cirurgia é simples e não afeta o sistema de defesa do corpo. “A operação é rápida e o pós-operatório também. Costuma ser indicado alimentos mais pastosos e gelados nos primeiros dias de recuperação e que a criança fique apenas uma semana em repouso”, afirma o médico.

Por estarem muito próximas, a amígdala e a adenoide, quando precisam ser retiradas, pode ser feito apenas uma cirurgia para tratar os dois problemas. Assim, os problemas de infecções são tratados em apenas um procedimento. 

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