Comum no outono, rinite pode ser alérgica ou infecciosa
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hospitalipo - 11 de maio de 2023
Obstrução nasal, coriza, espirros seguidos, dificuldade em sentir cheiros e coceira no nariz, garganta, olhos e céu da boca. Assim que o outono chega e as temperaturas caem, é “batata”: a rinite, doença caracterizada pela inflamação das mucosas nasais, dá as caras. Ainda que o tipo alérgico, que acomete de 30% a 40% da população mundial, segundo estimativas da Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), seja o mais conhecido, a enfermidade também pode ser infecciosa, causada por vírus e bactérias. Os gatilhos mais conhecidos da rinite são pelos de animais, perfumes, ácaros presentes na poeira doméstica, fungos, determinados alimentos e mudanças bruscas de temperatura – talvez a causa mais conhecida.
“O clima mais frio exige que o corpo se aqueça e, muitas vezes, as pessoas não se agasalham corretamente, fazendo com que o corpo resfrie e as defesas diminuam. Há, também, a questão da aglomeração, de ficarmos em ambientes fechados com pouca circulação de ar, como ônibus e salas de aula. Esse é um foco de transmissão de vírus e bactérias”, pontua o otorrinolaringologista Sergio Maniglia, que atua no Hospital IPO, referência em ouvido, nariz e garganta.
O médico explica que todos são suscetíveis a contrair doenças características de outono-inverno, mas pessoas com enfermidades prévias do trato respiratório, como asma e bronquite, precisam tomar um cuidado maior. No caso de quem tem rinite alérgica, é necessário estar, na medida do possível, com a doença sempre controlada, para que o nariz fique menos sensível, evitando que o quadro se agrave nos períodos mais frios. Hábitos como manter a casa bem ventilada, ensolarada e limpa, com trocas frequentes de roupas de cama, além de evitar perfumes e produtos de limpeza com cheiros fortes, não fumar, lavar o nariz com soro fisiológico e praticar atividades físicas, ajudam a evitar crises de rinite alérgica. Já para não contrair doenças infecciosas, deve-se evitar lugares fechados com aglomeração e controlar doenças prévias, como a própria rinite alérgica.
“Aqueles cuidados básicos, clássicos dos ‘conselhos de avó’, também auxiliam, como não dormir de cabelo molhado e se agasalhar. Se você já estiver doente e precisar sair de casa, use máscara para não transmitir para outras pessoas”, acrescenta o especialista do Hospital IPO. Tratamentos incluem repouso, remédios para aliviar sintomas como dor e febre e reduzir a inflamação nasal e muita hidratação, que contribui para a recuperação do corpo. Reforçando, é claro, que se consultar com um médico para uma avaliação mais detalhada é fundamental. Vacina para rinite – Para os pacientes que têm rinite alérgica, outra opção de tratamento é a vacina.
Trata-se, porém, de uma ferramenta terapêutica, ou seja, ela não cura a doença. A vacina é sublingual, indicada para ser aplicada três vezes por semana, dependendo do paciente. É um tratamento de três anos. Após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos. A vacina pode ser administrada em casa, pelo próprio paciente, e é indicada para todos aqueles que possuem uma alergia documentada por teste alérgico, não têm doenças imunológicas descompensadas, não estão gestantes e não possuem alergia aos componentes da fórmula. Se a paciente que já está no processo do uso das vacinas engravidar, o tratamento não precisa ser interrompido e o feto pode desenvolver imunidade à alergia também.
Um médico, contudo, sempre deverá ser consultado. Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto. Em seguida, o pedido de elaboração das vacinas será encaminhado a laboratório confiável – isso porque a vacina de rinite é personalizada, produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença no paciente.
Fonte: Jornal A Folha
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